sexta-feira, junho 18, 2004

Jornal-Noticias

Força Aérea Portuguesa admite hipótese de vários objectos terem cruzado os céus nacionais
RODANENSES MAIS ATENTOS RELATARAM TER VISTO OVNIS


Vários Objectos Voadores Não Identificados (OVNI) podem ter cruzado o céu de Portugal na noite do dia 1 de Junho. A Força Aérea Portuguesa (FAP) admite a possibilidade a partir da análise cruzada de relatos testemunhais. Mas o fenómeno mantém-se inexplicado, o que favorece as opiniões.
Uma coisa é certa, rodanenses relataram a diferentes orgãos de comunicação social nacionais, de terem visto esses objectos a sobrevoar o céu do concelho.
Alguns admitem ter-se tratado de uma visita de extraterrestres, enquanto a comunidade científica mantém a reserva, sustentando que o que não tem explicação natural no presente pode ser esclarecido em breve.

Quem observou o fenómeno, em vários pontos do País, não coincide sobre a direcção em que ‘aquilo’ seguia. Luís Jorge Pires, de 53 anos, adiantou ao Correio da Manhã, que afiança ter visto, perto do Nó de Vila Velha de Ródão da A23 , um “objecto fusiforme envolto em fumo branco, mais parecido com vapor de água”, que “foi para Sul”. Outras testemunhas do concelho de Ródão e dos concelhos vizinhos, dão conta de movimentos para Norte.

A FAP analisou os vários relatos, alguns dos quais “muito precisos em termos tecnológicos”, revelou ao CM, o major Gonçalves, do Gabinete de Relações Públicas daquele ramo das Forças Armadas, confirmando o facto de as testemunhas não coincidirem quanto ao sentido de voo do objecto. As diferenças, aliadas à quase simultaneidade do avistamento em locais distantes, tornam provável a hipótese de existir mais do que um alvo.

Os dados obtidos através dos radares da FAP não invalidam a tese. “A informação radar indica que era possível terem sido vários alvos em posições e com rumos diferentes”, afirma o major Gonçalves ao CM, adiantando: “É natural que houvesse ainda mais objectos, não detectados.”

A informação coligida será arquivada até se excluírem as preocupações com a segurança e a defesa nacionais. Depois poderá ser partilhada com entidades ligadas à investigação científica, que já a solicitaram.

O astrónomo Máximo Ferreira, coordenador do Observatório Astronómico de Constância, em declarações também ao CM, conta-se entre os “absolutamente cépticos” em relação ao fenómeno OVNI conotado com vida alienígena. “O mais provável é ter-se tratado de um meteoróide: uma ou várias pedrinhas que existem no espaço”, sustenta, sem eliminar a possibilidade de queda de fragmentos de um satélite ou de uma aeronave. Máximo Ferreira afirma jamais ter observado o que fosse de inexplicável no céu e ironiza: “Os extraterrestres não aparecem aos cientistas.”

Mas o docente investigador do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) Fernando Monteiro, especialista em meteoritos, garante ao Correio da Manhã, que não foi um que cruzou o céu na noite de terça-feira: “Se fosse um meteorito, o fenómeno luminoso não teria durado tanto tempo.” O professor opta pela designação “não identificado” na acepção literal. “99 por cento dos fenómenos astronómicos tem explicação imediata. Um por cento não. Isso não significa que não exista uma causa natural. Até a descobrirmos, são OVNI.”

NÃO É CASO VIRGEM EM RÓDÃO

Estes fenómenos no entanto, não são casos virgens no concelho de Vila Velha de Ródão. Na noite de Natal de 1980, e enquanto várias aldeias do concelho estavam á volta das grandes fogueiras natalícias, vários foram os rodanenses, que viram ovnis no céu a movimentarem-se a alta velocidade e iluminando a noite escura.
Por exemplo, na aldeia de Vilas Ruivas, e nessa noite, por volta das 2.00h da madrugada, as poucas pessoas que ainda se mantinham á volta da fogueira no Largo Principal “ correrem desenfreadamente para o sítio do cabeço, face á grande luminosidade que estava a ser vista no Céu. Essa luminosidade, não durou mais do que um minuto, mas era verdadeiramente intensa”. No dia seguinte, as rádios e as TV´s abriam precisamente os seus noticiários com esse fenómenos estranhos, vistos nos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora, Santarém e Lisboa. Na serra de Sintra, a situação foi idêntica á vista em Vilas Ruivas, apenas com o senão de ter sido vista cerca de uma hora antes. Nunca foram dadas explicações para o sucedido, e o processo foi arquivado pelas autoridades nacionais.
Em 1986, nos Perais, vários rodanenses que regressavam da festa da aldeia, foram “obrigados” a parar as viaturas ao longo da estrada de acesso á Nacional 18, face “á luz intensa que iluminava a noite escura”. Esse fenómeno, também durou cerca de um minuto. No dia seguinte, rodanenses, albicastrenses e espanhóis relatavam á comunicação social, aquilo que tinham visto nessa noite. O caso nunca foi explicado convenientemente pelas competentes autoridades nacionais e espanholas.
Quer se queira, quer não, ou quer se acredite ou não, a noite de 01 de Junho de 2004, marca novamente o concelho de Vila Velha de Ródão nessa “velha e apaixonante” história de Ovnis. Não só o concelho de Vila Velha de Ródão, como também, e agora de uma maneira geral, todo o território nacional. Novamente as entidades responsáveis não encontram explicações para este fenómeno.
Será que não estamos sozinhos no Universo ?
O mistério continua e continuará a perdurar. Até algum dia. Pensamos nós !

ESTRADA MUNICIPAL VILAS RUIVAS-FRATEL
VAI SOFRER OBRAS DE MELHORAMENTOS


A estrada municipal de ligação entre a aldeia de Vilas Ruivas e o Fratel vai sofrer obras de beneficiação. Um dado confirmado ao nosso jornal pelo Vice-Presidente da edilidade rodanense, Luís Pereira, que justifica estas obras “porque a estrada se encontra bastante degradada em alguns locais, e para além disso, é preocupação da Câmara Municipal dotá-la de uma maior segurança para os automobilistas. Essa segurança passa pela introdução de alguns rails de protecção em algumas curvas perigosas daquele percurso, curvas muito apertadas e sinuosas, onde o perigo espreita a qualquer momento”, adiantando ainda que “ também as bermas da estrada vão ser reformuladas no seu percurso, bem assim como a limpeza das mesmas, já que ao longo destes anos, se verifica efectivamente uma degradação visível nas bermas dessa estrada que, inclusivamente, têm causado alguns dissabores”, adiantou ainda Luís Pereira ao nosso jornal.
Esta estrada, e relembramos, tem uma extensão de cerca de 5km, e serve habitualmente muitos rodanenses.

CÂMARA MUNICIPAL VAI ATRIBUIR-LHE NOME DE RUA
“TI JOAQUIM RICO” PERPÉTUAMENTE HOMENAGEADO EM VILAS RUIVAS


O nome pode não significar muito para a juventude actual da aldeia das Vilas Ruivas. Mas para aqueles que já entraram nos grupo dos cinquenta e sessenta anos, o nome do “ti Joaquim Rico” traz á memória muitas e gratas recordações. Este homem que escolheu as Vilas Ruivas para residir (após o casamento) e ali fazer vida, era por natureza um benemérito e amigo da população. Um homem abastado e que sempre ajudou o próximo, nomeadamente, os mais pobres da aldeia. Por diversas vezes, disponibilizou a muitos naturais das Vilas Ruivas, terrenos para simples galinheiros, currais, ou pocilgas, ou muito simplesmente, terra para hortar. Além disso, e sempre que um jovem da aldeia era chamado para o serviço militar, ou se casasse, o “ti Joaquim Rico” fazia questão de oferecer-lhes 50$00, o que diga-se em abono da verdade, nos anos 50 e 60 era muito dinheiro. Por vezes, mantinha grandes zangas com a sua família pelas suas atitudes, mas houve quem o visse a fumar uma onça de tabaco embrulhada numa nota de 500$00. O ti Joaquim Rico tinha destas coisas. Mas sempre foi muito estimado na aldeia.
Na construção do fontanário do Largo Principal da aldeia, encheu uma lata de graxa com moedas, a qual a introduziu no meio do cimento que serviu de base ao dito fontanário.
Estas e outras histórias da vida de um homem bom, vão ser recordadas durante as Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, em Vilas Ruivas, já no próximo mês de Agosto, quando for atribuída á sua rua de sempre, o seu próprio nome, numa cerimónia que visa perpetuar a sua memória e o que ti Joaquim Rico significou para a aldeia.
É também uma homenagem da edilidade rodanense, que para o efeito, auscultou opiniões junto da população da aldeia, e que assim vai estar representada ao mais alto nível nesta cerimónia a realizar durante os Festejos em Honra de Nossa Senhora do Castelo.
Para Luís Pereira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, “esta é uma homenagem que se justifica a Ti Joaquim Rico. Pelo que representou para a aldeia de Vilas Ruivas e pelas saudosas memórias que traz a todos os que com ele conviveram, e a que ninguém fica indiferente (principalmente á geração dos nossos pais e avós ) apesar de já há muitos anos ter falecido. Esta homenagem da Câmara Municipal é feita com base nas opiniões e desejos de muitos habitantes de Vilas Ruivas, e assim vamos efectivamente homenagear essa figura ímpar de Vilas Ruivas, e que ainda hoje perdura na memória de todos os que com ele conviveram”, adiantou ainda Luís Pereira.

Página das Vilas Ruivas

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