quinta-feira, abril 29, 2004

RECORDAÇÕES

Um poema para pensar na nossa aldeia.


RECORDAÇÕES


Na palma da mão nasce um passarinho
Uma cotovia que tirei do ninho
Para ver como era
(Eu era um menino).

Lavram bois além na tarde de vidro
E um assobio meio adormecido
Pelo calor do sol
Eu e mais ninguém.

Num palheiro ao lado no monte perdido
Poalha de vida milho no telheiro
Palha de centeio um pouco abafada
Pelo cheiro da ovelhas relhas telhas sacos
Cancelas buracos que dão para o caminho
Sombras de azinheiras
Pedras velhas cacos.

A horta da tia ao lado da fonte
Onde as raparigas íam com os asados
Menos pela água que pelos namorados.

No dia da boda vamos à capela
No dia da festa depois do castelo
Por ali abaixo vou comer um cacho
Sob as laranjeiras da mulher mais bela
E ver os combóios que vão prá cidade.

Já não tenho idade para esta canseira
Por ali acima as rolas na eira
Na hora da sesta os corpos cansados
Na hora do almoço há fogo na serra
A tarde doía e nós por ali
Num grande alvoroço de enxadas machados
Mais este desgosto.

Já é noite agora no Vale do Meio Dia
O que era alegria caíu para um poço
E aquela alminha ninguém sabe dela
Vou rezar por ela para ver se a encontro.



Isto acaba já que eu estou cansado
Ando a ficar tonto sonhei acordado.




Com um abraço,
Antonio Tropa - Vilas Ruivas

Raia Tejo em Vila Velha

Boa tarde Nuno!

Venho informar-te do Raia Tejo em Vila Velha.

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1dia, 15€ dois dias (Refeições incluidas)

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Ruben

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