quarta-feira, janeiro 17, 2007

Jornal Informativo nº09/2006

UMA HISTÓRIA DE NATAL
A noite de Natal é noite de consoada e manda a tradição nas aldeias do nosso concelho, que no largo maior da povoação se faça uma fogueira, que dure toda a noite e se prolongue pelo dia adiante.
Depois da couvada com bacalhau bem regada com o azeite novo, na casa de cada um, vão todos para junto da fogueira, assam-se algumas castanhas, espetam-se uns pedaços de carne e o bom fumeiro, vai-se até às adegas petiscar o bom presunto e prova-se o vinho.
A rapaziada mais jovem aproveita para saltar a fogueira, algumas vezes com incidentes pelo meio.
Já alta noite puxam-se das guitarras e violas e mostra-se quem tem a garganta afinada.
Já lá vão umas dezenas de anos!... Naquele Natal tudo foi ainda melhor. Já de madrugada fizemos uma ruada, e, malvadez nossa acordamos toda a povoação.
Vêm mais uns petiscos que fomos grelhando na fogueira, a qual se ia entretanto apagando!...
Existia um castanheiro ao Chão , certamente mais velho que a fundação da nossa Terra.
Aquele castanheiro tal como todos os seres vivos tinha morrido, mas lá se mantinha de pé em equilíbrio estável.
Se ele pudesse falar quantas histórias teria para nos contar: o tirar dos ninhos, o roubar as suas castanhas, o espreitar dos primeiros beijos etc. etc. Bem... Mas o castanheiro estava morto, e, como tal já não via mais nenhuma das histórias das suas gentes.
Ao dito castanheiro já havia alguns anos que o tínhamos condenado, mas ele era de uma imponência tal, que ninguém se atrevia a ir buscá-lo.
Naquela santa madrugada a fogueira estava a apagar-se e já não aquecia!...
O nosso avô era conhecido pelo TI Joaquim , logo, os netos tinham que fazer algo que desse continuidade à sua conhecida valentia (Deus sabe quando o admirávamos e respeitávamos) e ficássemos assim também para a posteridade.
Lá fomos falar com o dono do castanheiro, que se mostrou logo disponível para o oferecer mas duvidando que o conseguíssemos trazer.
O ti Zé Ferreiro foi logo dizendo, "ó primos levamos umas velas e dinamite, que ele vem por aí abaixo feito em fanicos. Tal solução era impensável por ser violenta.
Mãos à obra, aí vai a rapaziada serra acima!... Lá arrastamos o castanheiro para o caminho, e, já o Sol raiava quando conseguimos a proeza de o azorrar serra abaixo até à nossa Terra, por entre a alegria e vivas dos nossos amigos e familiares.
Aquele tronco de castanheiro velho e carcomido foi lançado para aquela fogueira de Natal, ardeu e aqueceu durante três ou quatro dias toda a gente
Aquele dia de Natal bem quentinho, aqueceu corpos e corações da nossa gente e ficou de tal modo memorável a nossa façanha, que ainda hoje perdura na lembrança de todos nós.

Armindo Martins Antunes


O NATAL TEM MAIS ENCANTO NAS NOSSAS ALDEIAS
RECUPERAR VELHAS TRADIÇÕES




O movimento associativo, que persiste em continuar e a desenvolver o nosso concelho, sob o apio importante das nossas forças autárquicas, é uma parte importante e uma voz activa para a recuperação de velhas tradições perdidas. Recuperar as velhas tradições de Natal, tem sido um propósito e um objectivo fundamental do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas. Chamar até á aldeia todos aqueles, que por um ou outro motivo, passavam o Natal fora dela, tem sido um dos principais objectivos daquela Associação. Nestes dois últimos anos, já muito foi feito. Muito ainda há para fazer ! Não há muito tempo atrás, era triste passearmos nas ruas, ruelas e caminhos de Vilas Ruivas, e observarmos um quase completo vazio de gentes, de crianças, de naturais e amigos da aldeia. A grande fogueira de Natal, eram mais as vezes que não se realizava. Porque não existia gente suficiente para palmilhar serras e caminhos na procura de madeiros. Porque os mais idosos, não se opunham a tal tarefa, porque, para além da idade, pairava-lhes no rosto, alguma tristeza de verem a família longe da terra, nesta quadra tão importante para as nossas gentes, para as nossas aldeias.
Esta situação, a pouco e pouco está a mudar! O lema da Associação é de chamar todos os naturais e amigos da aldeia, para connosco passarem esta quadra natalícia. Um trabalho árduo, mas que, e felizmente tem surtido efeitos, para o bem das nossas tradições, da nossa cultura e da nossa história.
Neste Natal de 2006, a Direcção da Associação, deseja que, e mais uma vez, todos correspondam ao pedido de se deslocarem até á nossa aldeia, passar o Natal em família e com os amigos. Tudo se conjuga para que isso volte a acontecer. È esse o papel do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas. Ser uma voz activa na defesa intransigente das nossas velhas tradições.
A já tradicional fogueira de Natal volta a realizar-se. Espera-se que com a participação de muita gente. Para dar mais vida e mais colorido ás ruas, ruelas e caminhos de Vilas Ruivas.
Um Feliz e Santo Natal são os desejos da Direcção do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas, a todos os associados, naturais e amigos de Vilas Ruivas, bem assim como a todos os rodanenses que compartilham connosco estes ideais tradicionalistas.


FESTA DE PASSAGEM DE ANO EM VILAS RUIVAS
COM SALA PRATICAMENTE CHEIA




Á semelhança dos dois últimos anos, o Grupo de Amigos de Vilas Ruivas volta a organizar a sua Festa de Passagem de Ano, aberta exclusivamente a associados e seus familiares, naturais e amigos da aldeia.
A poucos dias de entrarmos no Ano Novo, as inscrições para a Festa de Passagem de Ano continuam a bom ritmo, e tal como aconteceu nas duas últimas edições, espera-se novamente casa cheia para a grande noite. Quase de uma centena de associados, vão assim festejar a chegada do Ano Novo em pleno Largo Principal de Vilas Ruivas, quando derem as doze badaladas, ao sabor das doze passas, e dos doze desejos, como manda a tradição.
Embora as condições ainda não sejam as desejadas, pois faltam as obras do piso superior, a Associação congratula-se por mais esta forte adesão de todos aqueles que desejam festejar na nossa Aldeia, em detrimento dos grandes centros urbanos, onde nem sempre a qualidade e as tradições são apropriadas a esta época. Um farto jantar e respectiva ceia, ao som de muita música (DJ´s Mouse e Kacilda) são ingredientes suficientes para uma noite repleta de êxito, de muita alegria e boa disposição, graças ao trabalho, sempre afincado e superiormente preparado pela Direcção da Associação, e também pelas senhoras da aldeia, que não têm olhado a meios para que tudo corra pelo melhor nessa grande noite.

ASSOCIAÇÕES DO NOSSO CONCELHO EM GRANDE
NAS MAIS VARIADAS ORGANIZAÇÕES E INICIATIVAS

É sempre com muita satisfação, que observamos as diversas organizações e iniciativas promovidas pelas nossas Associações. Pelo menos aquelas que se mantêm no activo, e com forte dinamização na sempre procura do bem estar social e cultural das nossas gentes.
Como se costuma dizer, são poucas mas boas, e é com muita alegria que vamos tendo conhecimento de muitas iniciativas e organizações que vão promovendo. Nesta altura do ano, elas aí estão mais uma vez, a organizar eventos natalícios e festas de passagem de ano. Por exemplo, é com grande alegria que vejo novamente a “nossa Sociedade do Tejo “, como era carinhosamente tratada, a desenvolver novamente um rol de iniciativas válidas aos seus associados. Como o Núcleo Benfiquista de Vila Velha de Ródão, que tem cativado a estima de todos, com as suas diversas iniciativas promovidas ao longo do ano, através da sua Direcção, e nesse grande impulsionador, Francisco Ribeiro, homem de causas rodanenses, e que tem feito um exemplar trabalho no nosso concelho.
Não nos podemos esquecer do GAFOZ- Grupo de Amigos da Foz do Cobrão, nessa obra ímpar de quarenta anos dedicados a uma causa nobre e que muita alegria nos tem dado. Não podíamos, de maneira nenhuma, nos esquecermos de enviar a Octávio Catarino e á sua Direcção, Corpos Sociais, Associados e População da Foz, os nossos sinceros parabéns pela passagem deste 40º aniversário. Uma Associação modelo, na Aldeia Presépio do concelho de Vila Velha de Ródão.
Para todas as nossas Associações, os nossos mais sinceros agradecimentos e parabéns pelo trabalho que vão desenvolvendo em prol do nosso concelho.




G.A.V.R.
GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS
Fundado a 17 de Agosto de 2004.
NIPC: 507163168
Rua Principal, n.º 2 – Vilas Ruivas 6030 Vila Velha de Ródão

Deseja a todos os seus associados, naturais e amigos da Aldeia de Vilas Ruivas, com votos extensivos a todos os rodanenses de alma e coração, um Feliz e Santo Natal, e um Próspero Ano de 2007.
A Direcção do GAVR
( Jorge Manuel Gonçalves Cardoso )



Vem aí um Novo Ano...
VILAS RUIVAS TEIMA EM PROCURAR O DESENVOLVIMENTO.

A aldeia de Vilas Ruivas, é das aldeias do nosso concelho, onde se tem apostado mais na reconstrução e construção de imóveis nestes últimos anos. Não é mais aquela aldeia de cores cinzentas. È uma aldeia onde impera a cor e o dinamismo de muitas das suas gentes. Devido a esse dinamismo, é das aldeias mais típicas do nosso concelho, nessas ruas e ruelas, nesses caminhos que, e por vezes, nos conduzem a sítios mais inesperados, onde nunca estivémos antes.
Mas como todas as aldeias rodanenses, procura no seu dia a dia, melhores condições para todos os que a visitam, e que felizmente, têm sido muitos nos últimos tempos. Um facto a que não é alheio, a reconstrução do Castelo do Rei Wamba, onde muitos turistas aproveitam para dar um salto á aldeia e passearem-se nessas ruas e ruelas, tomando um delicioso café na Associação local.
No entanto, tal como muitas aldeias do nosso concelho, tem alguns problemas que urgem em se resolver a contento de todos.
O problema das entradas e saídas tem sido um dos verdadeiros calcanhares de Aquiles. Tudo passa pelo arranjo definitivo da entrada/saída sul, uma obra que os seus habitantes esperam ver em breve concretizada.
O problema da água que se consome durante o Verão, é outra das tormentas da população.
O alcatroamento definitivo da estrada que liga Vilas Ruivas á zona sul das Portas de Ródão, é outro dos desejos antigos. Não só para a população, mas para as centenas de turistas que, e constantemente se aventuram pela estrada actual, muitos desistindo logo que entram nessa mesma estrada, com receio de eventuais danos materiais nos automóveis.
Por isso, os desejos daquela gente, é que o ano de 2007, traga estas e muitas mais obras prementes para o desenvolvimento de Vilas Ruivas.

FALECIMENTO
É com muita tristeza e profunda dor, que vimos desaparecer do mundo dos vivos, a D. Maria Pires Gonçalves, de 83 anos, de Vilas Ruivas, víuva do saudoso Sr Abel Pires Carmona, e mãe de Otília Pires Carmona.
O falecimento ocorreu no Hospital Amadora-Sintra, e o funeral realizou-se para o cemitério de Queluz.
Nesta data de profunda tristeza, endereçamos à D. Otília e a todos os familiares, os nossos mais sentidos pêsames e condolências, por tão piedoso acto.




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