quinta-feira, janeiro 18, 2007

Jornal Informativo nº01/2007

Entrada no novo ano com festa rija
VILAS RUIVAS ENGALANOU-SE


Após a fundação do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas, e pelo terceiro ano consecutivo, a sede social da Associação local esgotou para dar as boas vindas ao ano novo e “enxotar” o ano velho. Cerca de oito dezenas de convivas deram um enorme colorido à grande festa, que se prolongou pela noite dentro, até ao raiar do novo dia.

Às 19:30 Horas em ponto, começou por ser servido o jantar, uma “bacalhauzada” na brasa com batatas a murro, que deixou água na boca a todos os presentes.
Depois das sobremesas e dos cafés, o DJ de serviço, “Nuno Mouse Mendes”, abriu o grande baile, e com muita animação, todos dançaram ao som do vasto reportório até á chegada do ano novo.
À meia noite em ponto, tempo para abrir o champanhe, com as tradicionais doze passas para doze desejos ao ano novo, no Largo Principal da aldeia, ao calor de uma grande fogueira, que já durava desde o Natal.
Seguiu-se a ceia, com o tradicional Leitão de Negrais, carnes frias, caldo verde, e uma panóplia de doces e fruta para aconchegar o estômago para o resto da noite.

No cômputo geral, esta organização do Grupo de Amigos de Vilas Ruivas, saldou-se por mais um rotundo êxito, graças à dedicação das gentes da aldeia, nomeadamente ás senhoras, que se aprumaram para que nada faltasse na grande festa, bem assim a todos aqueles que ajudaram o senhor João Albino António, a levar por diante mais esta grande festa.

Está assim de parabéns o Grupo de Amigos de Vilas Ruivas por mais esta organização, conseguindo os seus intentos, em proporcionar momentos de grande convívio entre os associados, naturais e amigos da aldeia.

Continuamos a não compreender a fuga para os grandes centros
NATAL: PORQUE NÃO ESCOLHER AS NOSSAS ALDEIAS ?


Por mais do que uma vez temos feito referência á quadra natalícia nas nossas aldeias. Pensamos que essa quadra tem mais encanto, quando passada nas nossas aldeias, junto á nossa família, ás nossas gentes e aos nossos amigos. È essa a tradição de sempre. São esses os costumes da maioria dos rodanenses.

Infelizmente, este ano, vimos as nossas aldeias mais despidas de gente. Este fenómeno tem acontecido nos últimos anos, e parece-nos que as tradições, afinal, já não são o que eram.
Durante os dias 23 e 24 de Dezembro, vimos muita gente a sair das aldeias, rumo aos grandes centros para passar o Natal junto com os filhos e netos. Existe aqui uma inversão nas tradições que sempre caracterizaram as nossas gentes. Foi com enorme tristeza que vimos gente já idosa, a apanhar comboios, para os grandes centros. Um fenómeno que não tem explicação, já que, do nosso ponto de vista, as coisas estão viradas ao contrário.

Não compreendemos esta nova situação, até porque, se a justificação são as condições mais “luxuosas” que os grandes centros oferecem, essa tese cai por terra. E cai por terra, porque, e tomando o exemplo da aldeia de Vilas Ruivas, a aldeia tem desenvolvido imenso a nível de infraestrturas, como a construção e reconstrução de imóveis, com a finalidade de criar um bem estar e todas as condições necessárias para uma boa qualidade de vida. Ninguém duvide, que as nossas aldeias, já não são mais, aquelas aldeias cinzentas que caracterizaram os anos sessenta e setenta. Não se compreende como é que são feitos grandes investimentos nesse âmbito, quando, e depois, essas infraestruturas não são plenamente aproveitadas para estas festas de família .

Como não compreendemos pessoas idosas, algumas mesmo, contra a sua vontade, de fazerem viagens longas, não adequadas á saúde de muitas dessas pessoas. Seria mais fácil o inverso, de serem os filhos a regressarem ás origens, como sempre o fizeram a alguns anos atrás. Este facto foi amplamente discutido face à estranheza de vermos pouca gente nas nossas aldeias. Na quadra natalícia. Falou-se até num comodismo latente, ou muito simplesmente, como nos avançavam alguns idosos: “ nós não queríamos ir para lá, mas como eles também não querem vir cá, só nos resta mesmo fazer-lhes a vontade e irmos de comboio lá abaixo passar o Natal com eles”. Situações que não se compreendem.

É claro que existem excepções, e cada caso é um caso. Mas na maioria, fica por explicar estas alterações aos hábitos e tradições das nossas gentes.
Continuamos a dizer que estas quadras festivas têm mais encanto e mais sabor nas nossas aldeias. Porque assim mandam as tradições, e porque sempre foi assim. Infelizmente nos últimos anos, esses valores estão a desaparecer, deixando as nossas aldeias um pouco mais tristes.
Esperamos sinceramente que, e todos aqueles que possam ler este artigo, reflictam um bocado, e façam uma viragem de 180º ao que têm feito ( se for o caso ! ), nestes últimos anos. Podem já começar pela próxima quadra Pascal.

Obras de requalificação da zona envolvente ao Castelo e Ermida de Nossa Senhora do Castelo
UMA GRANDE APOSTA DA CÂMARA MUNICIPAL RODANENSE PARA 2007.


Depois das obras de recuperação do Castelo, e do consequente êxito que tais obras provocaram junto de todos os rodanenses e dos turistas que nos visitam, a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão está a ultimar todo o processo legal e necessário à requalificação da zona envolvente ao Castelo e Ermida de Nossa Senhora do Castelo. Um processo, que, e ao que conseguimos apurar, está para muito breve, já que o processo dos concursos públicos para a adjudicação da obra, está praticamente concluída.

É sem sombra de dúvidas, uma das grandes apostas da edilidade para o presente ano, sabendo-se que, e após as obras, o local vai apresentar uma nova face e uma nova dignidade, e vai certamente deslumbrar todos aqueles que tanto esperaram pelas mesmas.
Ao longo destes anos, muitos foram os rodanenses que se manifestaram publicamente, pela necessidade urgente de requalificar aquele local, já que o mesmo, é sem sombra de dúvidas, um dos ex-líbris do nosso concelho. O estado lastimoso em que aquela zona e a degradação em que próprio Castelo se encontravam não lembrava o diabo. Um monumento histórico como aquele, e que teve papel preponderante na história militar de Portugal ao longo de séculos, não merecia ser votado ao abandono como aconteceu ao longo de muitos anos.

Diga-se em abono da verdade, que o actual executivo camarário, teve a coragem de dar um passo em frente, após a sensibilização para essa necessidade de se proceder ao avanço das obras. Desde a primeira hora, e há esse mérito, que o actual executivo camarário teve a preocupação de fazer algo em prol daquela zona. A essas preocupações teremos que tirar o chapéu e a devida vénia ao actual executivo. A primeira aposta foi claramente ganha. A recuperação do Castelo teve repercussões positivas no imediato, atendo ao facto de o local ser agora um ponto de romarias por parte, não só de rodanenses, mas também de muitos turistas que nos visitam, que com máquinas de filmar e máquinas fotográficas têm desfrutado das maravilhas paisagísticas do local. E não têm sido tão poucos como o caro leitor possa imaginar.

Têm sido centenas, senão milhares a palmilhar a serra, de encontro a um lugar paradisíaco que faz parte integrante da história do nosso concelho. Uma vista deslumbrante, numa tranquilidade ímpar e apetecível para quem gosta da natureza no seu estado mais puro. Estamos certos, que a nossa edilidade poderá tirar dividendos muito positivos desta intervenção, face ao plano de intervenção e de aproveitamento turístico a tirar daquela zona.
Recordamos as Festas Religiosas em Honra de Nossa Senhora do Castelo em 15 de Agosto de 2006. Centena e meia de veículos estavam estacionados, não só nas imediações da Capela, como ao longo de todo o caminho de acesso ao local, numa das festas religiosas mais participadas dos últimos anos.

A Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Dra Maria do Carmo Sequeira, presente no local, teve oportunidade de, “in loco”, verificar que efectivamente o espaço destinado a estacionamentos é diminuto. Como teve oportunidade de referir, que muita coisa teria que ser alterada face a tanto movimento verificado. Esperamos que a Presidente da nossa edilidade, tenha em consideração a abertura de mais espaços destinados a estacionamentos face ao que assistiu naquele dia. Por outro lado, louvamos as suas preocupações, na certeza de que, para além de existir a possibilidade de aumentar o número de estacionamentos, exista também uma preocupação em relação á segurança no local.

É que, se inadvertidamente, alguém se descuidar com uma ponta de cigarro ou de brasas de eventuais piqueniques, em caso de incêndio, aquela zona ficará isolada, e poderemos eventualmente assistir a uma possível tragédia, que ninguém deseja, tendo em consideração que as hipóteses de fuga são quase nulas, atendendo ao facto, que a estrada de entrada é a mesma da saída.
São na realidade, algumas das preocupações de quem conhece aquele local em todas as suas vertentes.
Mas independentemente destas considerações, que não são mais do que um alerta, não existe dúvida alguma, que as obras vão ser feitas, para gáudio de todos aqueles que ao longo destes anos se preocuparam com um dos locais considerados ex-líbris do nosso concelho.

Será possível uma Estrada de Ligação ?
CASTELO E ERMIDA NOSSA SENHORA DO CASTELO- PENEDO GORDO ?


O nosso conterrâneo, José Manuel Esteves, de Queluz, sempre atento ao que se vai passando no nosso concelho, teve a delicadeza de me enviar um e-mail, procurando saber, qual a possibilidade de, e ao mesmo tempo, como ele diz , “matarmos dois coelhos com uma cajadada” a nível turístico.

Refere no seu e-mail, “que teve a oportunidade de visitar o Castelo recentemente, e que ficou maravilhado e muito feliz com o que viu, dando a hipótese de, e para que os turistas não sejam “obrigados” a descer novamente até Vila Velha de Ródão e subir até ao Gavião para visitarem o Penedo Gordo, de existir uma possível estrada de ligação directa, desde a estrada das Vilas Ruivas ( Alto da Serra), à saída da estrada de acesso ao Castelo, até ao Penedo Gordo, viajando pelo meio da serra, pois acha que tal é possível, como lhe disseram algumas pessoas que conhecem bem a zona”. Sinceramente não conheço suficientemente o local para me pronunciar, mas já me confirmaram que tal é possível, embora isso acarrete um forte investimento face aos cerca de quatro quilómetros de distância.
No entanto, e porque o e-mail me foi enviado com possibilidade de publicação, aqui deixo o conteúdo, do nosso conterrâneo, e dessas suas dúvidas sobre o assunto que refere no seu e-mail.




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