sábado, fevereiro 16, 2008

2º PASSEIO PEDESTRE - 2008 -ROTA DAS INVASÕES- VILA VELHA DE RÓDÃO-VILAS RUIVAS

2.º PASSEIO PEDESTRE – 2008

Convite para um passeio pedestre numa das muitas zonas de rara beleza espalhadas um pouco por todo o lado

ROTA DAS INVASÕES
(VILA-VELHA-DE-RODÃO)
DIA 23 DE FEVEREIRO (Sábado) DE 2008



ZONA DA ACTIVIDADE: Sede de concelho de Vila Velha de Ródão, situado a sul do distrito de Castelo Branco, entre o rio Tejo e o seu afluente Ocresa, com uma extensão aproximada de 330 Km2, tendo como acessos principais a A23, o IP2, o IC8 e a linha férrea da Beira Baixa. Esta é uma zona de transição entre o Alentejo e a Beira Interior, facto bem patente na paisagem, com as suas alterações de relevo, de formações geológicas e de coberto vegetal.

As zonas de planície, granito e montado de sobro e azinho dão lugar, para Norte, ao xisto e ao pinhal Hoje predominantemente terra de pinheiros e eucaliptos intercalados de raros zimbros, esta região foi outrora densamente plantada com olival em condições particularmente difíceis. Quem visitar estas paragens terá como primeira grande surpresa a paisagem deslumbrante das Portas de Rodão, no Rio Tejo, verdadeiro ex-libiris desta Vila.





Esta região da Beira Interior, constitui num território de enorme beleza que oferece experiências únicas, que se estende por uma área de cerca de 2.600 Km2, fazendo parte do 1.º Geopark Português. Este Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, criado pela UNESCO, em 2006, une os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, tendo como objectivo valorizar os locais que agem como testemunhos-chave da História da Terra, fomentando o emprego e promovendo o desenvolvimento económico regional, dos quais fazem parte, entre outros geomonumentos, as Portas de Ródão, no Rio Tejo e as de Almourão, no Rio Ocreza, ambas situadas no concelho de V.V. Ródão.




CARATERISTICAS DA ACTIVIDADE: actividade pedestre circular de grau médio/baixo, com uma extensão de cerca de 15 km e 5 horas de duração, a desenrolar-se por caminhos rurais, estradões, alcatrão e algum corta-mato, aberta a todos, sem limite de idade desde que tenham alguma condição física, vontade e força de espírito.

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO:
Deslocação/Custo
A deslocação será em autocarro, com preço de inscrição de 14.00 euros (apenas custo do autocarro), a pagar no acto da inscrição, até ao dia 18 (Segunda-Feira, pessoalmente ou para a conta: CGD – 000127041575600 – NIB 0035.0127.00041575600.35




LOCAL DE ENCONTRO
O ponto de encontro é em Sete Rios, às 7,00 horas de Sábado dia 23 de Fevereiro de 2008, frente à entrada principal do ZOO.
Recomendações:

1 – Equipamento:

Roupa leve (adequada às condições atmosféricas da altura), boné e botas ou ténis de sola dura (mas nada de sapatilhas ou similares!). Máquina fotográfica, binóculos.

2 – Alimentação:

Levar farnel (líquidos e sólidos) para repor energias durante a actividade.

Advertências

1 - Dado o carácter informal e não lucrativo desta actividade, realizada por um grupo de amigos, apesar do risco de acidentes ser praticamente nulo, alertam-se os participantes de que a eventualidade da ocorrência de algum percalço pessoal será da sua inteira responsabilidade.

2 – Se não houver número suficiente para rentabilizar o autocarro e existirem interessados combinar-se-á entre os mesmos as condições de deslocação.
3 – Esta actividade pode ser cancelado por motivos de força maior

M E X A M – S E





DIVULGUEM E PARTICIPEM QUE VALE A PENA!

Contacto
Abílio Tavares/João Belo
Email: casalinho.cardigos@gmail.com
TMN: 96 56 15 67


SOBRE A ACTIVIDADE

O que é um Geoparque?

Um Geoparque é uma área com expressão territorial e limites bem definidos, que contem um número significativo de sítios de interesse geológico com particular importância, raridade ou relevância cénica/estética. Estes sítios que reportam a memória da Terra fazem parte de um conceito integrado de protecção, educação e desenvolvimento sustentável. Um Geoparque tem como objectivos primários:

-Conservação

Um Geoparque procura a preservação dos geossítios de particular importância, explorando e desenvolvendo métodos de excelência em conservação. A autoridade de gestão do Geoparque assegura as medidas de protecção adequadas em colaboração com as universidades, os serviços geológicos e outras instituições relevantes em acordo com as práticas locais e as obrigações legislativas.






-Educação


Um Geoparque organiza actividades para o público e providencia apoio logístico na comunicação do conhecimento geocientífico e dos conceitos ambientais. Este apoio realiza-se através da protecção e identificação de geossítios, desenvolvimento de museus, centros de informação, percursos pedestres, visitas guiadas, visitas de estudo, materiais de divulgação, painéis, mapas, material educativo, seminários, entre outros. Um Geoparque apoia a investigação científica em cooperação com as universidades e instituições de investigação, estimulando o diálogo entre as Ciências da Terra e as populações locais.


-Turismo de Natureza


Um Geoparque estimula a actividade económica e o desenvolvimento sustentável através do Turismo de Natureza. Com efeito, existe o estímulo ao desenvolvimento sócio-económico local através da promoção de uma imagem de excelência intrinsecamente relacionada com um reconhecido património natural de importância internacional, que atrai um número crescente de turistas de todo o mundo. Este facto tende a encorajar a criação de empresas locais ligadas ao sector do Turismo de Natureza, com produtos de qualidade certificada.


Actualmente existem 53 Geoparques classificados pela UNESCO, distribuídos pela União Europeia, China, Irão e Brasil. Esta Rede, em rápido crescimento, promove serviços de elevada qualidade, partilhando entre os Geoparques estratégias e boas práticas comuns para a preservação ambiental e desenvolvimento turístico e o intercâmbio de conhecimentos e apoios em diversas áreas. A gestão e as actividades dos Geoparques da UNESCO regem-se pelas linhas de referência e pelos critérios definidos por esta organização internacional.





A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) trabalha para a paz e segurança no mundo através do desenvolvimento de condições para o diálogo genuíno entre nações, baseando-se no respeito pelos valores partilhados e na dignidade de cada povo e cultura. Este diálogo centra-se em vários tópicos nos domínios da educação, da ciência e da cultura.


Monumento Natural das Portas do Ródão


Nem sempre o leito do Tejo correspondeu ao que hoje lhe conhecemos. Há muitos milénios, as suas águas cobriram esta vasta região espraiando-se até à Serra das Talhadas. A acção erosiva das águas deu origem a duas gargantas que hoje chamamos "Portas de Ródão”, no Rio Tejo e "Vale Mourão", no Rio Ocreza. As Portas de Ródão são uma formação geológica resultante da intersecção da Serra das talhadas com o curso do Rio Tejo.


Neste local há um estreitamento do vale, que aqui corre entre duas paredes escarpadas, fazendo lembrar duas "portas".A "porta" norte fica na margem esquerda do rio, no distrito de Castelo Branco, pertencendo por isso à região da Beira Interior, mas a "porta" sul situa-se na margem esquerda, no distrito de Portalegre e no concelho de Nisa, pelo que pertence ao Alto Alentejo .


No topo da "porta" norte, que é acessível por estrada, situa-se um pequeno castelo do Rei Wamba, de onde se vislumbra um vasto panorama da zona envolvente.
É de salientar a quantidade de pedras roliças - "conhos" - que se foram depositando na margem esquerda, a jusante das Portas de Ródão. A enormidade destas cascalheiras, pela sua beleza natural, pelo seu colorido e pelo testemunho natural que representam, são dignas de ser admiradas.

Testemunhos Históricos

Este castelo chamado Castelo de Ródão, também é conhecido por Castelo do Rei Wamba (672-680), último grande rei dos Visigodos. Constitui numa torre - atalaia, de planta quadrangular, denominada como torre de menagem, envolvida por uma muralha, erguida numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre as chamadas Portas de Ródão, um estreitamento no curso do rio. Do alto de seus muros, miradouro de visita obrigatória, o visitante descortina excepcional panorâmica do vale do Tejo. A uma distância de cerca de 150 metros, ergue-se a Capela de Nossa Senhora do Castelo, uma pequena capela rústica.




Rio Tejo

Este rio nasce em Espanha, na Serra de Albarracin, e termina o seu percurso, de 1100 Km, em Lisboa. Na sua passagem por Vila Velha de Ródão, deixou-nos o belo geomonumento que são as Portas de Ródão, imponente formação rochosa do período ordovícico. Durante muito tempo navegável, o Tejo desempenhou um importante papel nas ligações entre Portugal e Espanha e entre Lisboa e a Beira Interior. Em 1875 ainda existia um fluxo comercial, entre Ródão e Abrantes, que envolvia 278 embarcações.


Fazem parte da bacia hidrográfica do rio Tejo, nesta região, os rios Ocresa e Ponsu, ambos na sua margem esquerda.A paisagem das margens destes rios é constituída por relevos rochosos, com terraços de olival, cobertos com flora da região. Nestes rios navegam ainda botes, barcos típicos de madeira utilizados pelos pescadores para a faina piscatória e para deslocações e passeios.





Geologia


As paisagens naturais da Naturtejo incorporam uma riqueza e antiguidade geológicas ímpares, albergando uma enorme diversidade de geomonumentos que tornam a região um ponto de atracção para quem se interessa pela geomorfologia. De entre eles está este maciço quartzítico da Serra das Talhadas que esconde nas suas rochas evidências de um oceano com mais de 480 milhões de anos, dado actualmente a conhecer sob a forma de fósseis. Um passeio ao longo das suas cristas quartzíticas permitem reviver o mundo tal como ele era há milhões de anos, mas também sentir a força das movimentações da placa tectónica no passado e no presente

Fauna

A Naturtejo possui uma diversidade de fauna considerável, especialmente no que respeita a avifauna, que pode ser observada em diversos locais privilegiados. São muitas as espécies, algumas delas raras, que podem ser facilmente avistadas na região, de que se destacam: a águia imperial ibérica, a cegonha-negra, a águia-real, a águia de bonelli, o grifo, a cegonha-branca e o falcão-peregrino. Para além das aves, a Naturtejo é também o habitat natural de muitos mamíferos, como o veado, a lontra, a geneta, o gato bravo, o texugo, a raposa; e também de vários répteis, como o cágado de carapaça estriada, a osga turca e a cobra de capuz. Esta região prima ainda pela permanência de espécies que correm graves riscos de extinção, como o lobo e o lince.

Flora

A Naturtejo é essencialmente arborizada pelo pinheiro, azinheira e sobreiro. Mas por toda a região proliferam outras espécies vegetais dignas de referência, como o carvalhal negral, a oliveira, o pinheiro manso e o castanheiro. Especialmente nos declives podemos encontrar extensas manchas de matagal, de que fazem parte o medronheiro, o zimbro, a esteva, o rosmaninho, o alecrim, a roselha-grande, o sangalho, o jasmim, entre muitas outras espécies que tornam a Naturtejo uma terra verdejante e plena de vida.


Nota
Informação recolhida do site www.naturtejo.com







Informação do passeio pedestre de 23 de Fev. em Ródão.

A ideia é chegar pelas 9.30 á Residencial das Portas de Ródão (quem quiser toma café).

10 h. visita á casa das Artes e exposição de pintura ( Estamos em negociação para a abertura do espaço de manhã).

Segue-se passeio pedestre sinalizado " Rota das Invasões " (estamos numa de comemorar o bicentenário das invasões francesas que por aqui passaram).

Passagem pela Sra do Castelo pelas 12.00H

Alteramos o percurso da rota para passar por Vilas Ruivas onde eventualmente almoçaremos. Os participantes levam farnel.

Passagem pelo Malhadil, Farranheira e regresso a Ródão, já pelo PR - Rota das Invasões.

Eventual visita ao C.M.de Cultura (Se conseguir que esteja aberto á Tarde).

Pelas 17.00/ 18.00 regresso a Lisboa.

Levar farnel.

Calçado confortável .

Abrigo para a chuva.




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